quinta-feira, 2 de maio de 2013

O livro Joel


Joel 1.


1Esta é a mensagem que o Senhor Deus deu a Joel, filho de Petuel.

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A praga de gafanhotos e a seca

2Prestem atenção, velhos!
Escute, povo de Judá!
Já aconteceu alguma coisa tão terrível como esta,
em nossos dias ou no tempo dos nossos antepassados?
3Digam aos seus filhos o que aconteceu;
que eles contem aos seus filhos,
e que estes falem sobre isso à geração seguinte.
4Vieram nuvens e mais nuvens de gafanhotos,
e comeram todas as plantações.
O que os primeiros gafanhotos deixaram
foi devorado pelos que vieram depois.
5Acordem, beberrões!
Acordem e chorem,
vocês que gostam de vinho,
pois as uvas foram destruídas,
e não haverá vinho novo para beber.
6Vieram os gafanhotos,
como um exército enorme e poderoso,
e invadiram o meu país.
Os seus dentes eram como os de um leão
e afiados como dentes de uma leoa.
7Destruíram as nossas parreiras
e acabaram com as nossas figueiras.
Arrancaram as cascas das árvores,
deixando os galhos completamente brancos.
8Chorem como uma jovem vestida de luto,
que chora a morte do seu noivo.
9Os sacerdotes, os servos de Deus,
choram no Templo do Senhor
porque não há mais ofertas de alimento nem de vinho.
10Os campos estão arrasados,
a terra está de luto,
pois os cereais foram destruídos,
e as parreiras e as oliveiras secaram.
11Fiquem desesperados, vocês que trabalham nos campos;
chorem, vocês que cuidam das parreiras;
pois não há trigo nem cevada.
Todas as colheitas foram destruídas.
12As parreiras e as figueiras secaram;
estão secas as romãzeiras, as palmeiras, as macieiras
e todas as outras árvores frutíferas.
O povo todo está triste.
13Sacerdotes, vocês que apresentam as ofertas no altar,
vistam roupa feita de pano grosseiro e chorem.
Servos do meu Deus, venham ao pátio do Templo
e chorem a noite inteira.
Pois na casa do nosso Deus
não há mais ofertas de alimento nem de vinho.
14Convoquem uma reunião no Templo
e anunciem um dia de jejum.
Reúnam as autoridades e todo o povo de Judá
no Templo do Senhor, nosso Deus,
e orem a ele pedindo socorro.
15Ah! Está chegando o Dia do Senhor,
em que o Todo-Poderoso vai trazer destruição.
Será um dia de terror!
16Sem podermos fazer nada,
vimos as nossas plantações serem destruídas.
No Templo do nosso Deus não há alegria nem festa.
17Nos campos secos, as sementes não brotam;
não há colheita de trigo,
e os depósitos de cereais estão caindo aos pedaços.
18O gado está mugindo de fome,
e os bois andam tontos de um lado para o outro
porque não há pasto.
As ovelhas também estão morrendo.
19Eu clamo a ti, ó Senhor!
As árvores e os pastos estão secos,
como se um fogo tivesse queimado tudo.
20Até os animais selvagens pedem socorro a ti
porque os rios secaram,
e por toda parte a seca acabou com o capim.
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Joel 2.


Os gafanhotos e o Dia do Senhor
1Toquem as cornetas no monte Sião,
deem um grito de alarme no monte de Deus!
Trema de medo, povo de Judá,
pois está chegando o Dia do Senhor.
2Será um dia de escuridão e trevas,
um dia de nuvens negras.
Os gafanhotos avançam
como um exército enorme e poderoso,
como uma nuvem escura que cobre as montanhas.
Nunca houve uma coisa assim no passado
e no futuro nunca mais haverá.
3Eles devoram tudo, como se fossem fogo,
como o fogo que queima e destrói.
Antes de chegarem, a terra é como um paraíso;
mas, depois de passarem, ela parece um deserto.
Os gafanhotos acabam com tudo!
4Eles parecem cavalos
e correm como cavalos de guerra.
5Vêm saltando no alto das montanhas,
fazendo barulho como carros de guerra,
como galhos secos estalando no fogo.
São como um enorme exército
posto em ordem de combate.
6Eles vão avançando, e todo mundo treme,
todos ficam pálidos de medo.
7Eles atacam como soldados valentes;
correm, sobem pelos muros
e continuam sempre avançando.
Marcham em linha reta
8e não empurram uns aos outros,
pois cada um segue o seu caminho.
Marcham sempre em frente,
e não há armas que possam fazê-los parar.
9Eles atacam a cidade,
sobem pelas paredes das casas
e entram pelas janelas como ladrões.
10Avançam sem parar, e a terra treme,
o céu estremece,
o sol e a lua se escurecem,
e as estrelas deixam de brilhar.
11À frente do seu exército,
Senhor dá ordens em alta voz.
O exército é enorme,
e os soldados são valentes!
Como é terrível o Dia do Senhor!
Quem poderá suportá-lo?
Deus ama o seu povo
12Senhor Deus diz:
“Mas agora voltem para mim com todo o coração,
jejuando, chorando e se lamentando.
13Em sinal de arrependimento,
não rasguem as roupas,
mas sim o coração.”
Voltem para o Senhor, nosso Deus,
pois ele é bondoso e misericordioso;
é paciente e muito amoroso
e está sempre pronto a mudar de ideia e não castigar.
14Talvez o Senhor, nosso Deus,
mude de ideia e abençoe o seu povo,
dando-lhe boas colheitas.
Então vocês poderão apresentar a Deus
ofertas de alimento e de vinho.
15Toquem as trombetas no monte Sião!
Anunciem um dia santo de jejum
e convoquem o povo para se reunir no Templo!
16Reúnam todo o povo
e mandem que eles se purifiquem.
Que venham todos, velhos e crianças
e até as criancinhas de peito!
Que os recém-casados saiam de casa
e venham ao Templo também!
17E vocês, sacerdotes,
que no pátio do Templo servem a Deus, o Senhor,
chorem e façam esta oração:
“Ó Deus, não castigues o teu povo!
Não nos humilhes diante dos outros povos
para que eles não caçoem de nós
e perguntem: ‘Onde está o Deus de vocês?’ ”
Deus abençoa novamente a terra
18Então o Senhor mostrou o seu grande amor para com a sua terra e teve pena do seu povo. 19E respondeu:
“Agora, vou lhes dar cereais, vinho e azeite;
assim vocês comerão e ficarão satisfeitos.
Nunca mais deixarei que os outros povos caçoem de vocês.
20Enxotarei para longe de vocês a praga de gafanhotos que vem do Norte
e os jogarei no deserto.
Os gafanhotos que vêm na frente serão jogados no mar Morto,
e os que vêm atrás cairão no mar Mediterrâneo.
Os gafanhotos mortos, aos montões, vão apodrecer e cheirar mal.
Eu vou fazer grandes coisas!
21“Alegrem-se, ó campos, e não tenham medo,
pois eu, o Senhor, fiz grandes coisas!
22Animais selvagens, não fiquem com medo,
pois o capim vai ficar verde,
as árvores darão frutas,
e haverá muito figo e muita uva.
23“Alegrem-se, moradores de Jerusalém,
pois eu, o Senhor, o Deus de vocês, fiz grandes coisas.
Eu lhes dei chuvas no tempo certo,
as do outono e as da primavera,
muita chuva, como no passado.
24A colheita de trigo será boa,
e haverá muito vinho e muito azeite.
25Devolverei tudo o que vocês perderam
quando eu mandei as enormes nuvens de gafanhotos,
que, como exércitos, destruíram as colheitas.
26Vocês terão comida até não querer mais
e louvarão o Senhor, seu Deus,
que derramou tantas bênçãos sobre vocês.
E o meu povo nunca mais será humilhado.
27Vocês ficarão sabendo que eu estou com vocês;
saberão que eu, o Senhor, sou o seu Deus
e que não há nenhum outro Deus.
E o meu povo nunca mais será humilhado.”
O Dia do Senhor
28Senhor diz ao seu povo:
“Depois disso, eu derramarei o meu Espírito sobre todas as pessoas:
os filhos e as filhas de vocês anunciarão a minha mensagem;
os velhos sonharão, e os moços terão visões.
29Até sobre os escravos e as escravas
eu derramarei o meu Espírito naqueles dias.
30Farei com que apareçam coisas espantosas no céu e na terra:
haverá sangue, e fogo, e nuvens de fumaça.
31O sol ficará escuro,
e a lua se tornará cor de sangue,
antes que chegue o grande e terrível Dia do Senhor.”
32Então todo aquele que pedir a ajuda do Senhor será salvo. Pois o Senhor prometeu que todos os que não tiverem sido destruídos estarão no monte Sião, em Jerusalém. Aqueles que o Senhor escolheu serão salvos.

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Joel 3.


Deus julgará as nações
1Senhor Deus diz:
— Naquele tempo, farei com que o povo de Jerusalém e de Judá prospere de novo. 2Então ajuntarei os povos de todos os países e os levarei para o vale de Josafá e ali os julgarei. Eu farei isso por causa das maldades que praticaram contra o povo de Israel, o meu povo escolhido: espalharam os israelitas por vários países e dividiram entre si o meu país. 3Tiraram a sorte para ver quem ficava com os prisioneiros do meu povo; venderam meninos e meninas como escravos e gastaram o dinheiro com prostitutas e com vinho.
4— Povos de Tiro e de Sidom e de toda a Filisteia, o que é que vocês querem de mim? Estão querendo se vingar? Se é isso que querem, então eu também estou pronto para me vingar de vocês! 5Pois vocês roubaram a minha prata e o meu ouro e puseram toda essa riqueza nos seus templos.6Vocês levaram o povo de Judá e os moradores de Jerusalém para longe das suas terras e os venderam como escravos aos gregos. 7Eu vou trazer o meu povo de volta daqueles lugares distantes e farei com vocês o mesmo que vocês fizeram com eles. 8Farei com que os filhos e as filhas de vocês sejam vendidos como escravos ao povo de Judá, que os venderá aos sabeus, povo de um país que fica muito longe daqui. Sou eu, o Senhor, quem está falando.
9— Anunciem isto às nações:
“Preparem-se para uma guerra santa,
chamem os soldados;
que todos eles se apresentem
e se aprontem para a batalha.
10Transformem os seus arados em espadas
e das suas foices façam lanças.
Que até os fracos digam que são valentes!
11Venham depressa, todas as nações vizinhas,
e reúnam-se no vale.
Que até os pacíficos virem soldados!
12“Preparem-se, povos de todas as nações,
e venham para o vale de Josafá,
pois ali eu, o Senhor,
vou julgar todas as nações vizinhas.
13Os pecados dessas nações são tantos,
que elas vão ser cortadas como o trigo maduro no tempo da colheita;
elas vão ser pisadas como as uvas são pisadas nos tanques
até o vinho derramar.”
14Multidões e mais multidões enchem o vale da Decisão;
está perto o Dia do Senhor,
no vale da Decisão.
15O sol e a lua ficam escuros,
e as estrelas deixam de brilhar.
Deus abençoará o seu povo
16Do monte Sião, o Senhor fala alto,
a sua voz parece o trovão.
De Jerusalém, ouve-se o estrondo da voz de Deus,
e os céus e a terra tremem!
Mas ele defende e protege o povo de Israel.
17Deus diz ao seu povo:
“Assim vocês vão ficar sabendo
que eu sou o Senhor, o Deus de vocês.
Eu moro em Sião, o meu monte santo.
Jerusalém será uma cidade santa,
e os estrangeiros nunca mais a conquistarão.
18“Naquele tempo, os morros estarão cobertos de parreiras,
haverá vacas pastando por todos os montes,
e muita água vai correr nos ribeirões da terra de Judá.
Do meu Templo, sairá um rio
que regará o vale das Acácias.
19O Egito ficará abandonado,
e Edom parecerá um deserto,
pois eles invadiram a terra de Judá
e mataram pessoas inocentes.
20-21Eu vingarei a morte dessas pessoas
e castigarei os culpados.
Mas sempre haverá gente vivendo em Judá e em Jerusalém,
e eu, o Senhor, morarei no monte Sião.”

















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